segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Joelho

Ponho um beijo
demorado
no topo do teu joelho


Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio


Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo


Não há nada
que disfarce
de ti aquilo que vejo


Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo


E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento


Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas


Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas.


Maria Teresa Horta


1 comentário:

  1. Adorei o sentido poético.
    Adoro executar passo a passo. E deixar o espírito planar....

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